7 de fevereiro de 2012

Minha pequena princesa

Uma amiga me passou o seguinte texto pelo Facebook:

jornalista português 

Ao invés de responder à ela por lá, resolvi escrever aqui. Antes de começar, quero deixar claro que eu sei que não sou mãe perfeita, mas quem é? 



Se houvessem câmeras filmando minha casa como em um Reality Show, com certeza as cenas que dariam maior audiência seriam aquelas (poucas, graças a deus) em que perco o controle e, cansada... cansada de tudo e de todos, me entrego aos gritos e palavrões. Na certa editariam as imagens, escolheriam as piores e as pessoas passariam horas falando mal dessa mãe-maluca-blogueira que vos escreve.

É claro que não tenho orgulho disso. Quem em sua sã consciência fica feliz em perder o controle de si mesmo? Depois de ler o livro A Auto Estima do seu Filho, de Dorothy Corkille Briggs, mais especificamente, o capítulo intitulado Como decifrar o código da raiva, percebi que é possível, sim, minimizar os estragos causados por essas explosões. Acho que falarei sobre isso num próximo post.

No princípio, eu via esses momentos como uma falha, um erro, uma fraqueza. Felizmente, eu já consegui decifrar essa raiva e quanto mais eu a decifro, mais brandas e esporádicas ficam as explosões. Passei a ver esses momentos como um hiato na maternidade, quando deixo de me preocupar com educação, pedagogia, psicologia e coloco monstros pra fora. Sabe o que decifrei dessa raiva? 

Que esses monstros são os outros, a opinião dos outros, o julgamento dos outros e, acima de tudo, uma necessidade imatura e ridícula de provar aos outros que estou certa na educação da Míriam. Essa pressão pesava sobre mim a cada falha, a cada demonstração de birra e em todas as situações em que eu não mais sabia como agir.

Pra mim, dosar a quantidade certa de disciplina tem sido um aprendizado constante e tenho acertado na medida. E minha filha, no auge dos seus 2 anos (os Terrible Two, como dizem os americanos) está aí pra provar. Linda, educada, amorosa... Só que o meu modo de educar difere de 99% das pessoas, então surge essa pressão, esse monstro interno, de que eu não posso errar na medida, porque, se eu errar, eles terão razão. É uma pressão pessoal idiota, imatura e já estou superando. O fato de eu estar obtendo sucesso na educação da minha filha ajuda muito já que não tenho que lidar com a frustração de estar errada. *risos*

Mas, poxa, o que tudo isso tem a ver com o tal texto citado lá no começo do post? É que ele fala sobre a medida certa de disciplina, e, apesar desses meus acessos de raiva e frustração, eu diria que estou super acertando na medida e, depois de ler esse texto, fiquei com muito, muito orgulho de mim. :) 



Obs.: Vou falar sobre explosões de raiva e como minimizar os estragos em um próximo post. Se preferir, podem comprar o livro. Eu super indico.

   

2 comentários:

  1. eu tbm me sentia nessa pressão e só agora, depois de 2 anos como mãe estou sabendo lidar melhor. Mas com minhas explosões de raiva não sei mesmo, preciso melhorar, me cobro mas não aguento e puf, explodo! estou ansiosa pelo proximo post :)
    beijos!

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  2. Oi, Anne. Seja bem vinda. É sempre bom receber um comentário ainda mais com um incentivo desses. *risos*
    Vou escrever um próximo post com orientações retiradas desse livro que recomendei e adoro. :D

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