28 de maio de 2012

Às recém mamães

Eu, madrinha, Míriam, daminha
Casamento do tio Felipe e tia Tati
Então que há 2 anos e 9 meses atrás eu me vi soterrada na rotina de mãe: amamentar, trocar fralda, ninar, dar banho e etc. Passava o dia todo cuidando de um bebê e quando eu percebia já era 4 da tarde e eu ainda estava de pijamas sem comer nada. Rotina, tédio, depressão. Eu só pensava em dormir e depois disso... eu nem sei. Se alguém me dava bom dia na rua, era capaz deu amarrar a pessoa no carrinho da minha filha pra conversar sobre qualquer coisa. Até falar de futebol estava valendo, desde que eu escutasse algo diferente de gugu dada.

E o tempo foi passando e eu fui conseguindo mais tempo livre. O primeiro passo foi conseguir tomar café da manhã, almoçar, tomar banho e, com sorte, dormir mais de 4 horas ininterruptas por noite. Até conseguir ir no banheiro fazer o número dois sossegada demorou um tempinho e foi uma conquista digna de comemoração. Não ria; a maioria das mães conhece a sensação.

Hoje eu voltei a dormir 8 horas por noite (tá. nem sempre. mas dá pro gasto), consigo comer assistindo televisão, e até já tomei vários banhos demorados, daqueles sem hora pra acabar. Consigo ter lazer, me divirto muito com o mundo imaginário da minha filha e tantas outras conquistas da vida de um adulto normal e saudável. Pois é. Foi gradual e lento, e cá estou, toda atarefada, precisando organizar agenda e a minha lista de tarefas não pode mais ficar armazenada somente na cabeça. Hora de colocar tudo pro papel, prender no mural de cortiça, ativar alarmes do celular... Tanta coisa acontecendo!

Caraca! Quem diria?! Parece que foi há milênios atrás que eu estava chorando pelos cantos sem tempo de viver. Como é bom ter vida!!! Se eu faria tudo de novo? Bem, não pretendo ter outro filho, mas se eu tivesse outro, me dedicaria da mesma forma, com a mesma intensidade, porque olho pra minha filha e percebo o quanto valeu a pena. Educada, carinhosa, comportada, colabora com tudo e vive preocupada em me agradar. O sofrimento que passei (sim, posso dizer que foi sofrimento, foi o famoso "padecer no paraíso"), bem... Ele passou. Como diz a música da Marisa Monte que já cantei milhares de vezes pra Míriam:

"Lembra, meu filho, passou, passará 
Essa certeza, a ciência nos dá 
Que vai chover quando o sol se cansar 
Para que flores não faltem jamais"

Fica o recado para as recém  mamães: vocês conseguem! As mulheres possuem uma força interna que elas desconhecem e que só vêm à tona nessas horas. Acredite: passa, melhora, se resolve. São dois passos pra frente e um pra trás. E dediquem tudo o que puderem aos filhos para que não haja arrependimento depois, mas saibam também deixá-los ir.

Eu recomendo o "attachment parenting".
E pra finalizar um quadrinho bacana do Count Your Sheep.

Clique na imagem para ampliar



2 comentários:

  1. Lindo post!
    Conheci seu blog hoje e já virei fã!

    Um grande Beijo e muito sucesso

    Jéssica

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    Respostas
    1. É fato que blog se alimenta de comentários. Após ler isso dá muita vontade de postar.
      Muuuito obrigada, Jéssica. :)

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