18 de outubro de 2011

Escola

Hoje vou na futura escola da Míriam para fazer a matrícula para o ano que vem. Ela fez dois anos agora, dia 30 de agosto, caso estejam se perguntando.

Estou com uma mistura de medo da adaptação, medo das outras crianças (mordidas e empurrões), ansiedade pelas novidades e descobertas, curiosa para saber como será todo o processo, quem será a professora, os outros pais, feliz por que minha filhota está crescendo, triste pelo mesmo motivo... Eu tento nem pensar muito em tudo isso, pois a enxurrada de sentimentos é enorme.

Avisei pra ela que iríamos conhecer a escola dela pois, assim como o Caillou (personagem de desenho), ela também irá pra escola ano que vem. E ela apenas sorriu. Será que ela entendeu? Ai! Coração de mãe!

dia 20 de setembro
Míriam desenhando na mesinha improvisada


Vai que hoje mesmo, atualizando o Facebook, leio a seguinte matéria da revista Crescer: 

Eu não andei de porta em porta fazendo perguntas. Um casal de melhores amigos colocou a filha nessa escola e estamos acompanhando mais ou menos a rotina deles há 2 anos. Gostamos muito do entrosamento, da postura e a filha deles adora ir pra escolinha. É perto de casa, conveniente, frequentaremos as mesmas festinhas juninas, dos pais, fim de ano. Fui lá conversar com a coordenadora, tomar a decisão e fiquei encantada. 

Mas aí que bate a insegurança. Será que eu não deveria ter procurado, pesquisado, será que as necessidades da filha deles são as mesmas que as da minha? Li a tal reportagem da revista Crescer e acho que estou indo no caminho certo. Mesmo que eu rodasse todas as escolas do bairro, tenho certeza de que ainda assim estaria insegura.

Tem um trecho interessante na reportagem. Diz o seguinte:
Há uma história – daquelas que ninguém sabe se aconteceu mesmo – que circula há anos pela internet sobre um diálogo entre uma criança e uma professora. A criança tem 6 anos e está fazendo um desenho. A professora pergunta: “O que você está desenhando?” A menina responde: “Um retrato de Deus.” A professora argumenta: “Mas ninguém sabe como é Deus”. E ela diz: “Vão saber em um minuto”. O caso foi recontado em uma das palestras do inglês Ken Robinson, renomado professor de artes e conselheiro de governos sobre educação, na TED (Tecnologia, Entretenimento e Design), que são conferências com grandes pensadores sobre ideias que merecem ser disseminadas. Seu argumento naquela palestra era bater na tecla de como as escolas podem limitar a criatividade das crianças, por ignorarem, inclusive, os saberes delas. “Sou da opinião de que a criatividade é tão importante na educação quanto a alfabetização”, diz ele, que conta também um fato da infância da coreógrafa Gillian Lynne, uma das mais importantes do mundo, que montou espetáculos como Cats e O Fantasma da Ópera. Ela contou a ele que, na escola, nos anos 30, tinha dificuldade de aprendizagem e não conseguia se concentrar. Sua mãe procurou um especialista que ouviu todas as reclamações e pediu para a menina ficar em uma sala, sozinha, com o rádio ligado. Então, mostrou para a mãe o que acontecia: a menina dançava muito. E emendou: “Sua filha não é doente. Ela é dançarina”.

 Depois eu volto aqui contando a experiência.


4 comentários:

  1. Liberdade criativa é uma das minhas maiores preocupações. Lembrei muito da minha infância, das dificuldades com as matérias exatas, da rotina de professora particular todo santo dia de tarde. Até o momento que a professora chamou minha mãe para uma conversa e disse a mesma coisa: sua filha não é doente. Ela é artista"
    Não sou uma grande artista como a Gillian Linne é garnde coreógrafa, mas aquilo me libertou!

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  2. Ah, quando Alice for pra escolinha vai ser difícil. Vou procurar bastante, porque o que importa pra mim pouco importa para pessoas que conheço. Para elas tudo é voltado para o melhor ensino, e até concordo. Mas enquanto pequena quero que tenha liberdade, que brinque na terra, que corra... Estou seguindo. Adorei o blog! Beijos

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  3. Mamãe da Alice, a reportagem da Crescer fala sobre isso: as pessoas estão procurando escola pela nota do Enem. Olha que absurdo! Estão só preocupados com as notas e vestibular.

    Gostei dessa escola que vou colocar a Míriam pelo apoio que eles dão, pelo respeito à individualidade de cada criança, o estímulo à criatividade e etc.

    Fiz a matrícula, contagem regressiva e coração apertado. :)

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  4. Oi flor, coração de mãe é uma coisa bem assim mesmo, eu matriculei minha filha e estamos na contagem regressiva,mas,vamos procurar ver o lado bom né?!
    com ctz sua filha vai se adaptar bem,vai fazer amiguinhos, e eles adoram né,
    Qto ao seu comentário no meu blog, mto obrigada,vou tentar oferecer o mingau pra ela,espero que de certo, dps eu te conto como foi.
    BEijão

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